Você lê quadrinhos?
- Marilisy
- 20 de abr. de 2015
- 3 min de leitura
Olá, você lê quadrinhos? Na matéria de hoje vamos falar sobre gibis e sua influência para crianças e adolescentes!
Os quadrinhos no Brasil têm uma longa história, que começa no século 19. Quem fez a primeira história em quadrinhos no Brasil foi Angelo Agostini. Ele iniciou a tradição de colocar quadrinhos no jornal (que tem até hoje) e criou o personagem Zé Caipora. Em 1869, gostaram da ideia de fazer histórias em quadrinhos em jornais, então em 1905 fizeram a primeira revista em quadrinhos no Brasil: a revista O Tico Tico, que foi considerada a primeira revistinha do Brasil!
Já em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.

Mais a frente no ano de 1942 surgiu o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalística O Cruzeiro.
Na década de 1960 surge uma revista em quadrinhos com personagens e temas brasileiros,
O Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo. O personagem principal era um saci e não raro suas aventuras tinham um fundo ecológico ou educacional.
De lá pra cá as revistinhas, ou gibis, como agora seriam oficialmente chamados ganharam várias versões com histórias incluindo heróis brasileiros.
Apesar de terem um viés educacional, o boom fez com que os gibis nacionais e internacionais fizessem sucesso no Brasil.
Em 1963 surge a personagem de Maurício de Sousa que se tornaria até hoje famosa e conhecida como "baxinha, golducha e dentuça": a Mônica. Originalmente a personagem fictícia era apenas coadjuvante e aparecia nas tirinhas de jornal juntamente a Cebolinha. Mônica logo se tornou a principal personagem de Maurício junto com Cebolinha e passou a estrelar sua própria revista em 1970 publicada primeiro pela Editora Abril e atualmente pela Editora Panini. Os personagens de Mauricio de Sousa passaram a ser chamados de Turma da Mônica.

Já há alguns anos que a internet tem mudado a importante relação de crianças e jovens com seus livros, revistas, jornais e gibis. Para o produtor, músico, pai e colecionador de gibis Vítor Caires, 19 anos, esta mudança que correu na relação é negativa: "Grande parte das pessoas começaram a ver a idéia de ler um livro ou quadrinho de uma forma antiquada e preferem outros meios, sendo que a leitura ajuda em vários aspectos principalmente na alfabetização."
Para Vitinho, como prefere ser chamado, que coleciona gibis há 6 anos, acredita que os gibis ainda não foram completamente esquecidos e que tem fundamental importância e influência principalmente para crianças: "Sim, é um meio de grande ajuda pra criança se descobrir, descobrir valores, conhecer e entender um pouco a diferença entre o bem e o mal, descobrir o que deseja. Em cima disso, a alfabetização da língua dos quadrinhos e de todas as coisas que os quadrinhos podem passar tambem."

Tentando entender melhor se essa relação tão lúdica, divertida e importante entre o leitor e seus quadrinhos havia mudado, no quesito compra e venda, a atendente Sirley Fortunato atendente na revistaria Windsor afirma que:
"Ainda vende bem sim, principalmente os mangás, e há muita procura tambem por exemplares passados de gibis. Ainda vende muito bem e tem muita procura principalmente os gibis da Turma da Mônica Internacional."
Já o jovem colecionador Vitinho acredita que como leitor a procura por gibis diminuiu: "Acredito que é bem menor nos dias de hoje. Atualmente se tem muitos meios além da leitura como filmes, jogos, desenhos o que acaba deixando os gibis um pouco esquecidos."
Mas, mesmo com esta mudança de cenário onde blogs, sites, e aplicativos contém tudo, ou quase todo o conteúdo literário que antes se encontrava apenas impresso, o jovem pai afirma que assim como seu avô que colecionava quadrinhos o incentivou a fazer o mesmo, ele também transmitirá esse hábito, que tanto gosta, ler, para o filho que está crescendo.
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